Strike 3 Holdings Processa a Meta por Alegada Pirataria de Vídeos Pornográficos para Treinamento de IA

Pontos principais
- Strike 3 Holdings alega que a Meta baixou ilegalmente mais de 2.000 de seus vídeos pornográficos protegidos por direitos autorais.
- A queixa cita 47 endereços IP afiliados à Meta usados para baixar e distribuir o conteúdo.
- A Meta é acusada de usar os vídeos para melhorar seus modelos de IA, visando a "superinteligência".
- A Strike 3 busca US$ 350 milhões em danos estatutários com base na infração alegada.
- A Meta afirma que está revisando a ação e não acredita que as alegações sejam precisas.
Strike 3 Holdings, uma produtora de vídeos adultos de "alta qualidade", "feministas" e "éticos", entrou com uma ação federal contra a Meta Platforms, alegando que a empresa ilegalmente baixou e distribuiu milhares de seus vídeos pornográficos protegidos por direitos autorais para treinar seus modelos de inteligência artificial. A queixa afirma que a Meta usou o protocolo BitTorrent para obter mais de 2.396 vídeos, citando 47 endereços IP distintos afiliados à Meta, e argumenta que essa conduta deu à Meta uma vantagem competitiva no desenvolvimento de sua inteligência artificial de "superinteligência". A Meta respondeu que está revisando a queixa e não acredita que as alegações sejam precisas.
Contexto
Strike 3 Holdings, que comercializa sua biblioteca de vídeos adultos como de alta qualidade, feminista e ética, entrou com uma ação em um tribunal federal da Califórnia contra a Meta Platforms Inc. A ação alega que a Meta vem baixando e compartilhando conteúdo pornográfico protegido por direitos autorais da catalogação da Strike 3 desde 2018. De acordo com a queixa, a Meta usou o protocolo BitTorrent para adquirir e distribuir os arquivos, tornando-os disponíveis sem verificação de idade.
Alegações
A queixa lista 2.396 vídeos específicos da Strike 3 que a Meta supostamente baixou e distribuiu via BitTorrent. Além disso, alega que a pirataria foi impulsionada pelo desejo da Meta de obter ângulos visuais, partes do corpo e cenas ininterruptas que são raros na mídia mainstream, melhorando assim a qualidade, fluidez e humanidade de seus modelos de IA. A ação afirma que o treinamento de IA da Meta aproveitou esses vídeos como "moeda" para apoiar o download de uma gama mais ampla de conteúdo necessário para o desenvolvimento de sua IA, incluindo títulos não pornográficos de séries de TV e outros meios de comunicação.
Os sistemas de detecção de infração da Strike 3 supostamente identificaram atividade a partir de 47 endereços IP distintos afiliados à Meta. Com base nas penalidades de infração estatutárias, a empresa está buscando US$ 350 milhões em danos.
Contexto Jurídico
O caso surge em meio a uma onda de ações por direitos autorais que visam desenvolvedores de IA por usarem obras protegidas como dados de treinamento. Embora alguns tribunais tenham decidido que certas práticas de treinamento de IA não constituem cópia direta, o autor da ação argumenta que a pirataria alegada é uma clara violação da lei de direitos autorais, independentemente da transformação pretendida.
Respostas
O porta-voz da Meta, Christopher Sgro, disse que a empresa está revisando a queixa e não acredita que as alegações da Strike 3 sejam precisas. A empresa não forneceu comentários adicionais sobre as alegações específicas ou os danos solicitados.
Implicações
Se a ação for bem-sucedida, poderia estabelecer um precedente para como as empresas de IA devem obter dados de treinamento, especialmente quando esses dados incluem conteúdo de entretenimento adulto. Acadêmicos do direito citados na queixa alertam que o uso de material pirateado para treinamento de IA poderia minar o mercado de conteúdo legítimo e levantar preocupações de relações públicas. O resultado pode influenciar abordagens regulatórias e judiciais futuras para questões de direitos autorais relacionadas à IA.