Parlamento Europeu Enfrenta Decisão Crítica sobre Proposta de 'Controle de Chat' de Criptografia

Chat Control: Can the EU Parliament save our encrypted chats?

Pontos principais

  • Projeto de lei da UE exigiria a varredura de mensagens privadas criptografadas para CSAM.
  • A Dinamarca lidera a proposta; o Parlamento Europeu expressou oposição à varredura em massa.
  • O Tribunal Europeu de Direitos Humanos decidiu que quebrar a criptografia é ilegal.
  • Provedores de VPN importantes e grupos de privacidade condenaram publicamente a legislação.
  • A posição cambiante da Alemanha a torna um fator potencialmente decisivo no voto.
  • A reunião do Conselho da UE em outubro pode determinar os próximos passos da proposta.
  • A advocacy pública é vista como essencial para influenciar o resultado final.

A União Europeia debate um projeto de lei que exigiria que os serviços de mensagens escaneassem comunicações privadas para material de abuso sexual infantil, mesmo quando criptografadas. A proposta, impulsionada pela Dinamarca, despertou forte oposição de defensores da privacidade, empresas de tecnologia e vários estados-membros.

Contexto

Há mais de três anos, a União Europeia luta com uma proposta para combater a disseminação de material de abuso sexual infantil (CSAM) exigindo a varredura de mensagens privadas, mesmo aquelas protegidas por criptografia. O projeto, frequentemente referido como 'Controle de Chat', exigiria que os provedores de serviços operando na UE examinassem o conteúdo antes que ele seja criptografado, visando URLs, imagens e vídeos.

Progresso Legislativo

Em 12 de setembro de 2025, os membros da UE foram solicitados a declarar suas posições sobre a versão mais recente da proposta de Regulamento de Abuso Sexual Infantil (CSAR). O projeto não obteve o apoio necessário, provocando uma reunião agendada do Conselho de Justiça e Assuntos Internos em outubro. Se o Conselho chegar a um acordo, a proposta avançaria para o Parlamento Europeu para negociações de trialogue ao lado do Conselho e da Comissão da UE.

Anteriormente, em novembro de 2023, uma grande maioria dos membros do Parlamento Europeu (MEPs) apoiou salvaguardas projetadas para prevenir a varredura em massa e a monitorização geral. Em fevereiro de 2024, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos decidiu que quebrar a criptografia era ilegal, reforçando os fundamentos técnicos usados por serviços como Signal, WhatsApp, ProtonMail e principais provedores de VPN.

Oposição da Indústria

Grupos de tecnologia e privacidade condenaram a proposta como um retrocesso substancial para a criptografia. O diretor de Assuntos Governamentais e Advocacia da Internet Society alertou que a legislação ameaça a segurança core das comunicações privadas. Uma coalizão de provedores de VPN, incluindo NordVPN e ExpressVPN, emitiu um papel de posição conjunta defendendo a criptografia forte. Críticos argumentam que a varredura do lado do cliente compromete a confidencialidade que os usuários esperam das mensagens criptografadas.

Paisagem Política

A proposta desfruta do apoio de vários membros da UE, enquanto outros permanecem opositores ou indecisos. A Alemanha, inicialmente oposta, mais tarde mudou para uma posição indecisa, tornando sua posição crucial. A recente reorganização do Parlamento Europeu após as eleições introduziu uma composição mais à direita, levantando preocupações entre os defensores dos direitos digitais sobre a disposição do Parlamento em defender a criptografia.

Perspectiva Futura

As negociações devem continuar durante o outono, com o Conselho da UE sob pressão para encontrar um compromisso que atenda aos objetivos de proteção infantil e proteções de privacidade. Observadores advertiram que a barganha política pode influenciar o resultado final, potencialmente afetando a posição de estados-membros individuais. A pressão pública e a continuação da advocacy dos grupos de privacidade permanecem cruciais à medida que a UE trabalha em direção a uma resolução que equilibre a segurança com os direitos digitais fundamentais.

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