A Crescente Fome de Energia da IA: Altman e Nadella Alertam para Necessidades Energéticas Incertas

Altman and Nadella need more power for AI, but they’re not sure how much

Pontos principais

  • Altman e Nadella dizem que as necessidades de energia da IA são incertas e podem superar a oferta.
  • O gargalo principal é a eletricidade, não a falta de GPUs ou chips.
  • A demanda por energia dos data centers cresceu mais rápido do que os planos de capacidade das utilidades.
  • Arranjos de energia "atrás do medidor" estão sendo usados para alimentar os data centers diretamente.
  • A energia solar oferece uma opção de implantação rápida e de baixo custo, utilizando tecnologia de silício modular.
  • Projetos nucleares e de fusão emergentes ainda não estão prontos para uso em larga escala.
  • Usinas de energia baseadas em combustíveis fósseis levam anos para serem construídas, criando um descompasso com os pedidos de hardware de IA.
  • Altman alerta que uma energia mais barata no futuro pode tornar contratos existentes problemáticos.
  • O paradoxo de Jevons sugere que uma maior eficiência de computação pode impulsionar uma demanda ainda maior.

O CEO da OpenAI, Sam Altman, e o CEO da Microsoft, Satya Nadella, afirmam que a indústria de IA enfrenta uma escassez de energia iminente, pois a demanda por computação supera a capacidade de garantir eletricidade para data centers. Ambos os líderes observam que o desafio não é a falta de chips, mas a escassez de infraestrutura de energia pronta para uso, levando ao risco de hardware ocioso.

Demandas de Energia Superam a Oferta

Sam Altman e Satya Nadella concordam que ninguém sabe exatamente quanto eletricidade a IA precisará no final. Sua incerteza colocou empresas de software em uma situação difícil. Enquanto o mundo da tecnologia se concentrou por muito tempo na disponibilidade de GPUs, ambos os CEOs enfatizam que o gargalo atual é a eletricidade, não o silício. Nadella descreveu a situação como um problema de "poder", observando que o maior problema hoje não é um excesso de computação, mas a falta de "casas quentes" - prédios prontos para implantação imediata de data centers - onde novos chips poderiam ser instalados.

Centros de Dados e Restrições de Energia

Nos últimos cinco anos, a demanda por eletricidade dos data centers começou a crescer mais rápido do que os planos das utilidades para nova capacidade geradora. Essa mudança levou os desenvolvedores a adicionarem energia por meio de arranjos "atrás do medidor", alimentando eletricidade diretamente para o data center e contornando a rede. O resultado é uma tensão crescente entre a velocidade com que o hardware de IA pode ser encomendado e a linha do tempo mais lenta necessária para construir ou garantir novas fontes de energia.

Preocupações dos Líderes da Indústria

Altman e Nadella alertam que, se uma forma muito barata de energia aparecesse em larga escala, muitas empresas poderiam ser "extremamente queimadas" com contratos existentes. Altman, que investiu em empreendimentos nucleares como Oklo e Helion, bem como na startup de energia solar Exowatt, reconhece que essas tecnologias emergentes ainda não estão prontas para implantação em larga escala. Enquanto isso, usinas de energia baseadas em combustíveis fósseis, como turbinas a gás natural, levam anos para serem construídas, e pedidos feitos hoje podem não ser atendidos até o final da década.

Energia Solar e Soluções Modulares

A energia solar se tornou uma opção de implantação rápida para empresas de tecnologia porque é barata, livre de emissões e pode ser implantada rapidamente. Tanto a energia solar quanto a fabricação de semicondutores compartilham uma abordagem modular baseada em silício, permitindo que componentes sejam produzidos em linhas de montagem e combinados em matrizes maiores. Essa modularidade traz o ritmo da construção de energia solar mais próximo do ritmo da construção de data centers, embora ambos ainda requeiram tempo para serem concluídos.

Incertezas Futuras e Paradoxo de Jevons

Altman alerta que, se a IA se tornar mais eficiente ou a demanda não crescer como esperado, as empresas podem ficar com usinas de energia ociosas. No entanto, ele também refere-se ao paradoxo de Jevons, sugerindo que uma maior eficiência muitas vezes leva a um consumo geral mais alto. Ele ilustrou isso com um cenário hipotético em que o custo do cálculo por unidade de inteligência cai por um fator de 100, prevendo que o uso aumentaria muito mais do que esse fator.

Equilibrando Riscos e Oportunidades

O diálogo dos líderes destaca um ato de equilíbrio crítico: garantir energia suficiente para atender às necessidades de computação de IA em ascensão, enquanto evita o superinvestimento em infraestrutura que pode ficar ociosa. À medida que a indústria observa as tecnologias de energia emergentes amadurecerem, o foco imediato permanece em preencher a lacuna entre a aquisição rápida de hardware e a implantação mais lenta de fontes de energia confiáveis e escaláveis.

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